quarta-feira, 15 de abril de 2009

A importância das regras e dos limites para a educação dos filhos (Parte I)


Com certeza muitas pessoas já ouviram a expressão: “Se os pais não educam os filhos, o mundo educa!” Esta é uma verdade e um risco cada vez mais presentes nos modelos familiares atuais e por esta razão regras e limites fazem parte de um tema interessante para grande parte dos pais. Este assunto será abordado neste artigo com base no livro "Pais presentes, pais ausentes: Regras e limites".
Na maioria dos casos, a família é o melhor lugar para a educação infantil, educação esta que se refletirá pelos períodos de adolescência e juventude, possuindo papel importante para a formação do futuro adulto. Quando este papel educativo não é contemplado dentro do ambiente familiar ele será realizado pelos ambientes, informações e pessoas que envolvem esta criança em suas atividades, neste momento começamos a pensar sobre a importância das regras e limites, pois é dentro do ambiente familiar que estão os valores que em geral gostaríamos de que fosse transmitido aos filhos.
Regras e limites são essenciais para uma convivência adequada entre pessoas, respeitando os valores e hábitos existentes em cada família, escola, grupo de amigos e tantos outros grupos com os quais se tem proximidade. Dentro do ambiente familiar as regras devem ser realmente possíveis de se cumprir, para isto, precisam ser claras, flexíveis e a quantidade deve ser adequada à capacidade da criança ou do adolescente. Quando as regras são extremamente rígidas ou difíceis de serem cumpridas perdem sua eficiência, pois tendem a ser burladas ou ignoradas pelas crianças e pelos pais, que permitem seu descumprimento. A melhor opção é que a implantação de novas regras ou de regras mais rígidas seja feita de maneira gradual para garantir que seus objetivos sejam atingidos.
Normalmente quando se estabelece regras, espera-se que elas sejam cumpridas, mas e quando isto não acontece? De alguma forma este fato deve ser sinalizado para a criança ou adolescente, os castigos acabam surgindo como uma forma de sinalização e eles podem ser eficazes desde que possam ser cumpridos pelos pais e filhos, pois se não forem cumpridos tornam-se apenas ameaças e as ameaças não controlam o comportamento. Quando os pais descumprem sucessivamente as regras por eles estabelecidas ensinam aos filhos que as regras não são para serem cumpridas, que a autoridade (pais ou educadores) pode ser desrespeitada e que a manipulação emocional funciona.
Se os castigos forem aplicados, nunca devem retirar afeto, sono ou alimento, que são necessidades básicas, ou produzir dor. É recomendável que seja retirado algum tipo de lazer (televisão, videogame, doces, etc), depositar raiva sobre a criança, também não é indicado, pois faz com que ela se sinta rejeitada, fazendo com que seja alvo fácil para grupos de má companhia que reforçam o comportamento indesejado e a agressividade. Os castigos também devem ser aplicados logo após o comportamento indesejado. Muitas vezes a reação da criança ao castigo é agressiva, mas ela deve ser encarada com seriedade pelos pais, pois ceder a birra é reforçar que as regras ou castigos podem ser burlados.
O que importa é que cada família procure na sua realidade buscar coerência para a educação dos filhos, não esquecendo de passar à eles os valores que realmente importam e que hoje se mostram tão esquecidos.
Este assunto é de grande extensão, portanto nos próximos artigos ele voltará trazendo outros aspectos importantes sobre a educação dos filhos.

Leitura indicada: Pais presentes, pais ausentes: Regras e limites. Paula Inez Cunha Gomide

2 comentários:

  1. Muito legal o artigo! Gostaria de ler mais sobre este assunto!

    Claudia

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  2. Elaine Regina Majcher Martins15 de abril de 2009 às 23:29

    Cláudia, esta é a primeira parte do artigo total sobre este assunto. Em breve chegarão os demais.
    Grata Elaine

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