quarta-feira, 18 de novembro de 2009

MASSOTERAPIA


Pode parecer estranho escrever sobre Massoterapia num site direcionado especialmente para a área da Psicologia, mas o fato é que esta área da saúde pode auxiliar não só a Psicologia, como também outras áreas relacionadas à sua saúde, relaxamento e qualidade de vida!
Os dados apresentados a seguir são definidos pela ABMC - Associação Brasileira de Medicina Complementar.


Definição

Massoterapia é um grupo de técnicas e procedimentos terapêuticos naturais, não invasivos, tradicionais e contemporâneos, que tem como objetivo manter a saúde e prevenir desequilíbrios, contribuir na promoção do bem estar e da melhor qualidade de vida, assim como, em ação conjunta e complementar com as técnicas terapêuticas da medicina oficial, propiciar uma prática de cooperação em níveis e estágios diferenciados, visando maior eficácia nos tratamentos de saúde.

A Massoterapia se enquadra na área de abrangência da integração terapêutica preconizada pela Organização Mundial de Saúde.

Seu objetivo primordial é prevenir doenças e promover a saúde, maximizar a circulação da energia vital pelo corpo, estimular a circulação de uma forma geral, favorecer o autoconhecimento e autoconsciência, contribuir para a organização do tônus muscular e para a normalização das funções fisiológicas, auxiliando no combate de dores, tensões, desequilíbrios e disfunções em geral e estresse.

Todas as técnicas e métodos utilizados pelo Massoterapia se destinam àqueles que necessitam do toque direto no corpo e/ ou da massagem, para manter o estado de equilíbrio.
O toque utilizado pela Massoterapia pode ser mais profundo ou mais sutil, de acordo com o objetivo da especialidade, tal como atuar na estrutura mecânica do corpo, estimular ou sedar algum estado energético e/ou fisiológico, conduzir a autoconsciência ou trabalhar campos energéticos.


Indicações da Massoterapia



Todas as técnicas e métodos utilizados pela Massoterapia se destinam àqueles que necessitam do toque direto no corpo e/ ou da massagem, para manter o estado de equilíbrio.
O toque utilizado pela Massoterapia pode ser mais profundo ou mais sutil, de acordo com o objetivo da especialidade, tal como atuar na estrutura mecânica do corpo, estimular ou sedar algum estado energético e/ou fisiológico, conduzir a autoconsciência ou trabalhar campos energéticos.

1 - Indicação higiênica: manter e promover a saúde, prevenir desequilíbrios, contribuir na promoção do bem estar e da melhor qualidade de vida.

2 - Indicação complementar: em ação conjunta e complementar com as técnicas terapêuticas da medicina oficial, propiciar uma prática de cooperação em níveis e estágios diferenciados, visando maior eficácia nos tratamentos de saúde.

Ação da Massoterapia

As ações primárias da massoterapia são:
1 - maximizar a circulação da energia vital pelo corpo
2 - estimular a circulação de uma forma geral
3 - favorecer o autoconhecimento e autoconsciência
4 - auxiliar no combate de dores
5 - contribuir para a organização do tônus muscular
6 - contribuir para a normalização das funções fisiológicas
7 - auxiliar na administração das tensões e do estresse


Massoterapeuta

O Massoterapeuta é o profissional da área de Saúde com competência e habilidade para utilizar e indicar o uso da Massoterapia na prevenção, tratamento e manutenção integrada da Saúde.

O Massoterapeuta é o profissional que utiliza métodos antigos, tradicionais e modernos de tratamento, na prevenção e promoção da Saúde, visando o perfeito equilíbrio do Ser Humano consigo e com o meio ambiente.

O Massoterapeuta possui uma concepção holística de Saúde que se enquadra na área de abrangência da integração terapêutica preconizada pela Organização Mundial de Saúde.

O Massoterapeuta tem sólida base de conhecimentos das técnicas de Massoterapia, das técnicas de consciência e práticas corporais em geral e, principalmente, daquelas técnicas em que tenha a sua especialidade. Essas técnicas devem, também, ser embasadas nos conhecimentos de anatomia, fisiologia, física ou outras áreas, conforme exija cada uma das especialidades.

O Massoterapeuta também tem, na sua formação, bases da filosofia universal e na ecologia. Sua formação e treinamento o habilitam a realizar procedimentos terapêuticos com sensibilidade, técnica e habilidade, o capacitam a perceber, sentir e discernir as necessidades individuais de cada pessoa assim como comunicar e sustentar seus procedimentos.

O Massoterapeuta tem o compromisso com a educação continuada, estando sempre atualizado e supervisionado com relação a sua especialidade. Sua ética e postura profissionais estão de acordo com o Código de Ética do Massoterapeuta elaborado pelo CONBRAMASSO, Conselho Brasileiro de Auto Regulamentação da Massoterapia.



Contamos com o massoterapeuta Marcio Statuti (41) 9152-7074, no mesmo endereço do Consultório de Psicologia. Av. Vereador Toaldo Túlio 4437 - Sala05 Curitiba

domingo, 12 de julho de 2009

Porque ela morreu? Como falar de morte com as crianças


Uma dificuldade certamente enfrentada por muitas famílias é como falar para uma criança que alguém morreu ou simplesmente falar sobre o assunto morte, o que é completamente compreensível, já que mesmo para os adultos isso ainda é um assunto velado.
O ponto de partida é a verdade. As pessoas que estão ao redor das crianças são, normalmente, aquelas em quem elas mais confiam, logo são para elas que serão direcionadas as perguntas e dúvidas sobre os mais diversos assuntos, como a morte, e esconder os acontecimentos não é a melhor opção.
A criança percebe mudanças no ambiente onde vive e nas atitudes dos familiares e cedo ou tarde ela descobre a verdade. Omitir o fato seria algo grave, seria retirá-la da família apenas por ela não apresentar uma linguagem adulta e por conseqüência ela nem ousará perguntar futuramente sobre os mais diversos assuntos, pois as pessoas em quem ela confiava, traíram sua confiança.
É importante perceber a criança como alguém livre de preconceitos. Até os sete anos de idade as crianças questionam sem angústia a respeito da morte e por volta dos três anos a criança já começa a perceber a morte ao seu redor provavelmente através de desenhos, filmes, noticiários, bichos de estimação, desta forma não devemos pensar que elas não entendem nada do assunto.
Os sentimentos e significados que a morte traz, são pessoais e dependem da experiência e significação que cada um possui, portanto é equivocado tentar imaginar como a criança vai reagir, pois depende de como se instauram as suas experiências sobre o assunto e como ela percebe as reações das pessoas que estão ao seu redor. Se as pessoas passam para ela naturalidade, possivelmente ela vai aprender a encarar com naturalidade também, o que não quer dizer que os adultos e as crianças não sofram, mas apenas que conseguem encarar os fatos de uma maneira sadia.
Falar que o morto foi viajar ou dormiu, não são boas opções, pois podem criar falsas expectativas de retorno ou de que a perda não foi algo definitivo.
Provavelmente a criança irá demonstrar dor, saudades e outros sentimentos naturais em relação à morte e também perceberá que a atenção que era destinada a ela mudou logo após o evento, mas o importante é que passando o momento de crise, ela volte a se sentir segura e bem cuidada.
Cabe ao adulto dar a compreensão da morte para a criança a partir das ferramentas que ela possui, para que ela compreenda a morte de forma condizente com a sua idade e que passe pela experiência de perda. Isso faz ela perceber a realidade dentro de suas capacidades e naturalmente ela encontrará comportamentos e ações que dêem significado à nova experiência de vida.
Segundo a psicóloga Kátia Regina Beal Rodrigues, “nós, adultos que muitas vezes acreditamos que sabemos muito, ouvimos delas (as crianças) as melhores respostas para as perguntas que não saberíamos responder”.
Assim devemos respeitar a maneira como as crianças encontram para superar o momento da morte.



Referência: Kátia Regina Beal Rodrigues. Psique - Ciência e Vida – Ano III, n°26. Editora Escala

terça-feira, 26 de maio de 2009

Como lidar com diagnósticos difíceis?


Ninguém espera, mas todos podemos, um dia na nossa vida, receber a notícia desagradável de um diagnóstico difícil. Como agir? Parece fácil escrever sobre este assunto, mas não é e por mais repetitivo que pareça, o melhor é tentar manter a calma.
Este não é um momento fácil para os pacientes ou familiares e nem para os médicos, é um momento onde a fragilidade do ser humano está muito presente.
Porque é importante manter a calma? Para construir esperança e poder pensar, estruturar possibilidades sobre tratamentos. É através da esperança que se pode retirar forças para fazer as melhores escolhas e para lutar por um tratamento adequado. A agitação e o nervosismo impedem que se consiga pensar nas melhores possibilidades de se resolver qualquer problema.
Pensemos num episódio bem cotidiano, uma barbeiragem no trânsito, por exemplo, se um veículo “fecha” o outro e esse outro age apenas com raiva, pode se iniciar uma série de agressões verbais, e chegar a agressões corporais também. Assim muitas vezes se iniciam brigas em festas, que podem acabar de formas bem desastrosas. Se nesses casos a calma estivesse presente, os envolvidos conseguiriam pensar de forma a evitar esses tipos de comportamento, seria possível pensar, por exemplo: “Talvez o outro motorista realmente não me viu no espelho”, então reduzir a velocidade e deixar que ele entre. Ou ainda “A outra pessoa pode ter esbarrado em mim na festa porque tropeçou em algo no chão.”
Pensar de forma mais calma, nos faz agir de forma mais sensata, e o que melhor do que sensatez para lidar com um diagnóstico difícil? Lembrando do que é sensatez: Qualidade de quem é sensato; juízo, siso, equilíbrio, prudência, circunspecção.
Como conseguir calma depende de cada um, pode ser no controle da respiração, na oração, na meditação, em uma boa conversa, numa caminhada, enfim, o importante é que se consiga refletir sobre as reais possibilidades que podem ser tomadas.
O apoio familiar e de amigos também é importantíssimo, mas as pessoas, que querem ajudar neste momento, precisam necessariamente estar confiantes do que podem fazer e saber o momento de não atrapalhar. Nestes momentos difíceis se precisa de companhias otimistas, porém não falsas. É preciso saber respeitar o tempo e os sentimentos das outras pessoas, isto vale não só no caso que está sendo abordado aqui, mas em qualquer momento em que o outro precise de privacidade.
Embora ninguém goste de passar por essas situações, elas existem e podem fazer parte da nossa vida a qualquer momento, por isso, exercite a calma, a sensatez, a ponderação, o equilíbrio desde já! Com certeza não dói, nem machuca e você estará construindo um relacionamento melhor com todos que o rodeiam.Uma companhia agradável é sempre bem vinda!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O uso da internet por crianças e adolescentes




O uso excessivo da internet por crianças e adolescentes tem sido um problema comum nas famílias e muitas vezes os pais não sabem como lidar com este fenômeno da atualidade. Algumas ações podem ser muito úteis para evitar que os filhos caiam em armadilhas eletrônicas ou virtuais e que podem trazer efeitos na vida real. Aqui vão algumas dicas:

- Acompanhamento da rotina dos filhos: Saber com quem ele conversa, o que ele faz, a que horas e a veracidade destas informações.
- Orientação: Mostrar os perigos e conseqüências do uso indevido da internet. Explicar que muitas informações que são divulgadas na internet não são reais. Que existem muitas armadilhas comerciais, como venda de acessórios exclusivos em programas de bate papo (exemplo: Hotel Habbo, Lively). Outro perigo, é que não existe um modo eficiente de garantir a identidade de quem está “do outro lado”, desta forma crianças e adolescentes se tornam “prezas” fáceis para pessoas mal intencionadas.
- Educação/Estabelecimento de limites: É preciso que as crianças ou adolescentes tenham limites. As regras devem ser criadas para permitir um relacionamento adequado entre os membros da família, respeitoso em relação aos valores e hábitos daqueles que convivem em um determinado lugar.
Deve-se buscar o estabelecimento de poucas regras, que realmente possam ser cumpridas. É importante o comportamento coordenado dos pais, se houver a desautorização, o trabalho foi jogado fora. O estabelecimento de limites é essencial para que os pais possam proteger seus filhos.
- Valores morais: A internet, muitas vezes, denigre, anula os valores morais, é preciso passar esses valores as crianças e adolescente, o mundo não é o lugar onde se pode tudo. Seres humanos são dotados de sentimentos, inteligência, humor, corpo. Tudo isso deve ser respeitado por ele mesmo e pelos outros. Mas as crianças só aprenderão esses valores a partir da família e da educação.
- Relacionamento interpessoal: Este é mais um fator importante para o desenvolvimento dos filhos: as amizades, os relacionamentos reais, as brincadeiras infantis. É a partir destes relacionamentos que as crianças aprendem a respeitar o espaço das outras pessoas.
Durante o uso da internet você não tem a certeza em todos os momentos de com quem está falando, se você está agradando ou não, além de perder a interação social real. Torna-se uma conversa impessoal. Claro que com suas exceções, por exemplo quando há alguém distante parente, amigo e que esta é a única forma de diálogo possível.
- Novo falso modelo de educação: Atualmente, pela nova configuração familiar, podemos explicar, mas de modo nenhum aceitar o que ocorre. Não é difícil ver pais que ao verem seus filhos atrás do monitor, digam: _Olhe que comportado, como está quietinho.... Não dá trabalho... etc.
No entanto o que será que está se passando naquele momento? Quem são as companhias virtuais de seus filhos? Que tipo de material eles estão vendo? É preciso saber o que acontece pela rede mundial de computadores e quais são as ameaças que rodeiam seus filhos.
Estar sempre acompanhando a rotina dos filhos e os conteúdos acessados por eles, ajudará muito a perceber quando algo indesejado estiver acontecendo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A importância de brincar


Muitos conhecem a expressão “é errando que se aprende”, mas ela também poderia ser conhecida como “é brincando que se aprende”.
Atualmente muitos pais se preocupam em promover para os filhos uma aprendizagem precoce, em estimular a criança com diversas atividades durante seu dia e muitas vezes, antes mesmo do nascimento dos filhos, os pais já possuem um arsenal de brinquedos educativos, CD’s e DVD’s para apresentar à criança.
Esse comportamento que muitos pais apresentam hoje em dia é interessante, mostra que eles estão mais atentos e preocupados com o desenvolvimento de seus filhos. No entanto, é preciso muita calma neste processo de estimulação, a criança também tem seu próprio tempo de aprender e normalmente isso acontece através das brincadeiras.
Um recém-nascido já tem a capacidade de brincar, seu primeiro brinquedo são as próprias mãos. A criança tem a capacidade de brincar com tudo, ela se interessa em conhecer o que a rodeia e como as coisas funcionam, fazendo isso com suas brincadeiras, normalmente é por isso que elas desmontam o que está ao seu alcance, para descobrir o que há por de traz de cada coisa, esse comportamento não é propositalmente destrutivo e sim curioso.
A brincadeira estimula o raciocínio, a criança começa a perceber como o mundo funciona e começa a relacionar as informações já aprendidas com outras coisas semelhantes.
Os pais ao participarem destas descobertas da criança, tendem a demonstrar uma grande expectativa e procuram estimulá-los cada vez mais para que os filhos tenham um desempenho maravilhoso, nenhum problema até então, contanto que os pais não transformem a rotina de aprendizagem natural, em estressante. Além disso, se faz necessário mais um cuidado, que os pais respeitem o limite e a liberdade da criança, “qualquer conhecimento que fica a serviço de um controle, que artificializa, é ruim”, “a necessidade que muitos pais sentem de dirigir o brincar de seus filhos pode implicar um desejo inconsciente de controle”(Sílvia Pinheiro Machado - psicóloga).
A brincadeira é uma importante ferramenta para a criança desenvolver suas habilidades físicas e exercitar o desenvolvimento motor, além de ser um dos modos que ela possui para elaborar os conflitos emocionais.
No comportamento da própria criança é possível perceber como ela quer brincar, o que normalmente mostra a necessidade dela naquele momento, o único trabalho dos pais neste caso, é se permitir tempo e disposição para aceitar o convite.
Boas brincadeiras!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

CASAMENTO: COMO SE UNIR A OUTRA PESSOA SEM FAZER DA SUA CASA UM CAMPO DE BATALHA



Viver com outra pessoa num mesmo espaço não é fácil, mas é maravilhoso.
Após ouvir muitas vezes sobre as dificuldades de relacionamento entre homens e mulheres que dividem uma casa, pensei em escrever sobre este assunto, quem sabe algumas famílias consigam viver com mais harmonia.
Para que qualquer passo, em relação à vivência a dois, seja dado de forma correta é preciso entender que não existem certos ou errados, nem culpados, e sim formas diferentes de ver o mundo. Estas formas são tão diferentes que sempre existem livros, reportagens, estudos ou piadas sobre o assunto.
Mulheres buscam relacionamento e cooperação, são ligadas aos sentimentos e as emoções. Diferente dos homens, que são mais competitivos e por isso, menos cooperativos e possuem uma visão mais focada no trabalho, no sustento da esposa, da família, da casa e dos filhos.
Elas precisam que os homens demonstrem carinho, atenção, amor, diálogo. Eles precisam ser reconhecidos como provedores, como bem-sucedidos. Se a mulher não recebe isto do homem, ela se sente infeliz, se sentindo infeliz, o homem entende que ele não é suficiente para ela, ou que ela nunca está satisfeita com o que ele tem a oferecer. Da mesma forma acontece se o homem não recebe o reforço necessário da mulher, ele se sente fracassado e não consegue demonstrar carinho. Assim cria-se um ciclo de decepções entre eles ao invés de aproximação.
Culturalmente demonstrar emoções é demonstrar fraqueza, por isso homens tendem a escondê-las e não entendem que mulheres não são fracas apenas por demonstrarem seus sentimentos.
As mulheres querem carinho e escuta e não percebem que também precisam nutrir o ego de seus companheiros. Assim, homens acabam achando que as mulheres são sensíveis demais, organizadas demais, falam demais ou preocupadas demais e as mulheres vendo os homens como indiferentes, insensíveis, desorganizados ou incompreensivos. A partir daí começam as discussões, prejudicando qualquer convívio.
Enquanto não houver a capacidade de mudar o foco de si mesmo e prestar mais atenção no companheiro(a), uma convivência tranqüila, harmônica e feliz, se torna impraticável. É importantíssimo que haja equilíbrio, e concessões nos relacionamentos. Ninguém precisa discutir para ter razão ou estar certo, na verdade precisa sim se preocupar com o bem estar do relacionamento com a felicidade de ambos. Para isso nada melhor do que o diálogo e ceder nos momentos corretos, tentar manter uma situação apenas por orgulho, com certeza não ajudará a conquistar a sonhada convivência harmoniosa. O mais importante é perceber que um casal não deve estar junto para competir e sim para somar. Paciência, respeito, colaboração e compreensão são peças fundamentais para o sucesso de um relacionamento.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O QUE FAZER COM A CRISE



Estamos num momento em que a palavra mais vista, ouvida e falada é: CRISE!
Vamos entender o que significa a palavra crise, oriunda do latim, o termo crise tem a mesma equivalência da palavra vento. Indica, assim, um estágio de alternância, no qual uma vez transcorrido diferencia-se do que costumava ser. Não existe possibilidade de retorno aos antigos padrões.
Entendendo isto podemos nos perguntar se o que realmente está em crise no mundo, é apenas a economia? Se pensarmos um pouquinho no nosso dia-a-dia, veremos que a crise nos cerca a todo momento, são crises de todos os tipos, tamanhos e formas.
A crise se caracteriza principalmente por quebrar a estabilidade, retirar a zona de conforto onde estamos aninhados. São crises ecológicas, sociais, éticas, morais, familiares, políticas, econômicas e também pessoais.
Todos nós passamos por crises, são momentos em nossas vidas onde temos a oportunidade de repensar, mudar, tomar decisões e crescer.
A evolução favorável de uma crise, conduz a um crescimento, à criação de novos equilíbrios, ao reforço da pessoa e da sua capacidade de reação a situações menos agradáveis.
Com a crise aprendemos! Criamos! Vivemos!
A crise também nos deixa mais vulneráveis, assim ela só não será benéfica, se nosso posicionamento diante dela for negligente, se agirmos em função do estresse e não fizermos esforço para nossa adaptação às novas possibilidades. A crise nos abaterá se nos fizermos vítimas e transformamos nossa dificuldade em dor e culpa.
O que faz a diferença são as nossas atitudes diante dos problemas, nós escolhemos a saída.
Como li um dia desses, “são nos vales que nascem as árvores”, aproveite suas oportunidades para fazer nascer em você o melhor!


“Contratempos são como facas, que nos servem ou nos cortam, conforme as pegamos pelo cabo ou pela lâmina.” James Russel Lowell

A importância das regras e dos limites para a educação dos filhos (Parte III)



Este último artigo traz importantes pontos para a reflexão do comportamento dos pais, promovendo a auto avaliação sobre como está ocorrendo o relacionamento com seus filhos.
É preciso avaliar se não está ocorrendo um exagero na supervisão dos filhos: ligações insistentes para saber onde o filho está; ouvir suas conversas em extensões; ler diários; repetir muitas e muitas vezes para que o quarto seja arrumado, para que a tarefa seja feita; estes são exemplos que demonstram o quanto está falho o processo de educação realizado pelos pais. Além disso os filhos se sentem vigiados e pressionados ao invés de se sentirem amados.
Relembrando a primeira parte desta série de artigos, neste processo de mudança é importante saber colocar as regras de forma clara e coerente e em um número razoável para que possa ser seguida por pais e filhos.
Demonstrar interesse é estar disponível para ouvir o que os filhos tem a falar e não apenas enchê-los de perguntas sobre como foi o dia, a aula, a festa... Este tipo de comportamento pode ser substituído por um acompanhamento positivo, onde os pais devem mostrar real interesse pela atividades de seus filhos.
Algo que também é válido neste processo é elogiar os filhos sempre em público e repreender sempre em particular, assim são evitados constrangimentos que prejudicam na reflexão e arrependimento sobre o comportamento indesejado. Elogiar significa demonstrar ao filho que ele é amado e importante.
É importantíssimo que os pais não ajam com negligência, que é caracterizada pela desatenção, ausência, descaso, omissão ou, simplesmente pela falta de amor. Este é um dos maiores motivos pelo desencadeamento de comportamentos anti-sociais nas crianças, que se tornam muitas vezes adolescentes e adultos infratores, usuários de álcool e drogas. A negligência ocorre muitas vezes de forma sutil, onde não há diálogo ou tempo para perceber as necessidades dos filhos, onde falta vínculo afetivo positivo.
Quando educamos, passamos valores morais, assim também é importante saber lidar com os erros, aprender com eles, por isso é importante refletir, criar consciência própria sobre o que tirar de lição. É deste modo que pais e filhos terão comportamentos melhores, se tornarão pessoas melhores.
Os filhos aprendem pelos modelos que vêem em seus pais, aí está a importância de colocar em prática conceitos de negociação, tolerância, carinho, respeito, amor, valores morais entre tantos outros que se quer deixar de herança para as próximas gerações.
Segundo Gomide, conversar significa falar e ouvir, significa compartilhar sentimentos e idéias. A essência está em construir sobre o argumento do outro e não em destruí-lo.
É desta forma que encerro esta série de artigos. Espero tenha sido útil para tirar dúvidas e ajudar a promover uma educação mais saudável!

Referência: Pais presentes, pais ausentes: Regras e limites. Paula Inez Cunha Gomide

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A importância das regras e dos limites para a educação dos filhos (Parte II)


Todos nós temos variações de humor de acordo com os acontecimentos do nosso dia-a-dia, é importante saber reconhecer estes momentos, sejam eles bons ou ruins, para que não prejudiquem a educação dos filhos.
Quando se aplica ou não uma punição em função do estado de humor, a criança aprende a identificar os estados de humor dos pais e educadores, e não a reconhecer um mau comportamento. Desta forma quando as crianças percebem o mal-humor dos pais, elas buscam formas de se esconder para que não sejam punidas, já se elas percebem que os pais estão alegres, sabem que não serão punidas e ainda poderão ser estimuladas a brincar como fato ocorrido.
Identificar o humor dos pais não ajuda a criança a aprender valores, o que é certo ou errado, aprendem apenas que o humor dos pais varia e que elas precisam se livrar dos momentos ruins. Castigar os filhos sob o efeito de fortes emoções também não é indicado, pois normalmente quando se age em função da raiva, o arrependimento vem assim que ela passa e começam os pedidos de desculpa pelos atos impensados cometidos. Nestes momentos as crianças percebem que podem chantagear emocionalmente os pais e novamente o aprendizado se dá pela emoção e não pelos comportamentos.
É importante que haja coerência nas atitudes dos pais, assim se um comportamento é indesejado ele deve ser sempre repreendido, ao contrário, se o comportamento for adequado deve ser sempre elogiado. As crianças se espelham nos comportamentos dos pais, logo se eles agem de maneira tempestuosa e emocionalmente instável é assim que elas aprenderão a agir na vida, além da autoridade não ser reconhecida. Sem a coerência dos pais as crianças perdem o referencial do certo ou errado.
Para repreender os comportamentos indesejados, muitas vezes surge a dúvida quanto a bater ou não bater. Bater é um hábito que se repete há muitos anos, mas hoje em dia é muito discutido, e não possui uma definição exata se é certo ou errado. Mas o que se pode afirmar é que bater acompanhado de raiva com certeza não possui caráter educativo. Normalmente, quando a raiva está presente, palavras agressivas e humilhantes são muito usadas e isto ensina a criança que ela é errada e não o comportamento, e como mudar uma criança errada? Esse tipo de recriminação gera introjeção, diminui a sua auto-estima e a torna insegura. Esses sentimentos, se acompanharem a criança, aumentam a probabilidade de envolvimento com grupos delinqüentes e drogaditos, pois estes grupos em geral enaltecem as qualidades dos participantes, assim eles se sentem valorizados, sentimento este que não foi encontrado na família.
Para diminuir a possibilidade de errar, vale o bom senso. Muitas vezes uma palmada e a repreensão sobre o comportamento a ser evitado, juntamente com a palavra “não”, é suficiente para que a criança entenda que é o seu comportamento que está sendo repreendido, por exemplo: “Não ponha a mão no fogo!”, sempre lembrando de não privar a criança de afeto e carinho, sentimentos que agem positivamente na sua formação.


Referência: Pais presentes, pais ausentes: Regras e limites. Paula Inez Cunha Gomide

A importância das regras e dos limites para a educação dos filhos (Parte I)


Com certeza muitas pessoas já ouviram a expressão: “Se os pais não educam os filhos, o mundo educa!” Esta é uma verdade e um risco cada vez mais presentes nos modelos familiares atuais e por esta razão regras e limites fazem parte de um tema interessante para grande parte dos pais. Este assunto será abordado neste artigo com base no livro "Pais presentes, pais ausentes: Regras e limites".
Na maioria dos casos, a família é o melhor lugar para a educação infantil, educação esta que se refletirá pelos períodos de adolescência e juventude, possuindo papel importante para a formação do futuro adulto. Quando este papel educativo não é contemplado dentro do ambiente familiar ele será realizado pelos ambientes, informações e pessoas que envolvem esta criança em suas atividades, neste momento começamos a pensar sobre a importância das regras e limites, pois é dentro do ambiente familiar que estão os valores que em geral gostaríamos de que fosse transmitido aos filhos.
Regras e limites são essenciais para uma convivência adequada entre pessoas, respeitando os valores e hábitos existentes em cada família, escola, grupo de amigos e tantos outros grupos com os quais se tem proximidade. Dentro do ambiente familiar as regras devem ser realmente possíveis de se cumprir, para isto, precisam ser claras, flexíveis e a quantidade deve ser adequada à capacidade da criança ou do adolescente. Quando as regras são extremamente rígidas ou difíceis de serem cumpridas perdem sua eficiência, pois tendem a ser burladas ou ignoradas pelas crianças e pelos pais, que permitem seu descumprimento. A melhor opção é que a implantação de novas regras ou de regras mais rígidas seja feita de maneira gradual para garantir que seus objetivos sejam atingidos.
Normalmente quando se estabelece regras, espera-se que elas sejam cumpridas, mas e quando isto não acontece? De alguma forma este fato deve ser sinalizado para a criança ou adolescente, os castigos acabam surgindo como uma forma de sinalização e eles podem ser eficazes desde que possam ser cumpridos pelos pais e filhos, pois se não forem cumpridos tornam-se apenas ameaças e as ameaças não controlam o comportamento. Quando os pais descumprem sucessivamente as regras por eles estabelecidas ensinam aos filhos que as regras não são para serem cumpridas, que a autoridade (pais ou educadores) pode ser desrespeitada e que a manipulação emocional funciona.
Se os castigos forem aplicados, nunca devem retirar afeto, sono ou alimento, que são necessidades básicas, ou produzir dor. É recomendável que seja retirado algum tipo de lazer (televisão, videogame, doces, etc), depositar raiva sobre a criança, também não é indicado, pois faz com que ela se sinta rejeitada, fazendo com que seja alvo fácil para grupos de má companhia que reforçam o comportamento indesejado e a agressividade. Os castigos também devem ser aplicados logo após o comportamento indesejado. Muitas vezes a reação da criança ao castigo é agressiva, mas ela deve ser encarada com seriedade pelos pais, pois ceder a birra é reforçar que as regras ou castigos podem ser burlados.
O que importa é que cada família procure na sua realidade buscar coerência para a educação dos filhos, não esquecendo de passar à eles os valores que realmente importam e que hoje se mostram tão esquecidos.
Este assunto é de grande extensão, portanto nos próximos artigos ele voltará trazendo outros aspectos importantes sobre a educação dos filhos.

Leitura indicada: Pais presentes, pais ausentes: Regras e limites. Paula Inez Cunha Gomide